segunda-feira, 9 de março de 2009

Um conto de sedução

Parte 1

Eles estão no mesmo lugar, porém não se conhecem, meio que de bobeira os olhares se cruzam e com eles a chama de uma vontade, vontade que faz ele não pensar duas vezes e querer ir a seu encontro.


Nesse momento tudo é novo, e ele não sabe o que dizer a ela, não sabe como chamar sua atenção, e a única certeza que ele tem é que ela é uma mulher interessante (a olho nu).
Então ele maquina uma cena, uma situação hipotética para arrancar-lhe um sorriso, mas ele tem medo, é muito tímido, não sabe como lidar com essa vontade que está dentro de si, não sabe o que fazer, pensar ou falar.

O tempo vai passando, e com ele as pessoas vão e vêm, um nervosismo começa a incomodá-lo, pois ele teme que ela se vá, e leve consigo a oportunidade de conhecer uma mulher encantadora, linda e meiga.

Ele respira e ensaia bastante. O que poderia falar? Pensa e repensa acerca de sua abordagem e, num impulso, levanta-se da cadeira e começa a andar em direção àquela linda mulher.
Muito nervoso, no meio do caminho ele percebe uma mesa vazia e senta-se, está realmente nervoso, afinal, ele não sabe lidar com situações do coração.

Por mais alguns minutos ele ensaia.

Ela já não o olha mais, talvez tenha desistido em decorrência da omissão dele, pois o medo era gritante no rapaz.

Oh não, ele percebe que ela se levanta e começa a partir.

Ele, mais uma vez, está em choque; taquicardia é a única certeza em seu corpo.
Como que impelido, levanta-se e vai em direção dela...

- Olá! Que dia lindo, ele diz.

Ela responde totalmente desinteressada:

- Lindo? Não sei se reparou, mas está tudo escuro lá fora, vai cair uma tempestade.

Ele não sabe onde enfiar a cara, a timidez mistura-se com nervosismo e o faz querer sair correndo dali.
Nesse momento, num lampejo de inspiração, ele responde:

- Refiro-me ao lindo dia que se torna hoje pra mim, lindo pelo seu olhar, e agora pelo seu sorriso (pois ela não resistiu e acabou sorrindo).

O assunto acabou e o silêncio se torna um pecado imperdoável, pois ela continua a sair...
Continua...

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