Agora necessito criar uma nova estratégia, preciso me adequar a essa nova realidade.
Como é bom que situações inusitadas apareçam vez ou outra, para que nós “os acomodados” deixemos nosso mundinho confortável.
Penso que é muito importante que o profissional atual esteja preparado para um novo desafio e esse preparo deve acontecer no momento de sua estabilidade profissional, quando problemas não o alcancem, porque quando a hora adversa chegar não o abalará.
As vezes me pego pensando na vida e em tudo que ela nos remete, em todas as situações complicadas que nós seres humanos constantemente nos colocamos.
Com certeza a situação é muito mais simples do que pensamos, mais freqüentemente exageramos com nossa faculdade de tornar as coisas complicadas.
Coloco-me a pensar:
Será que um dia essa inquietude que me assedia deixará de existir?
Será que um dia conseguirei viver somente com aquilo que me basta ou que tenho?
Será que um dia eu mudarei?
Essas são perguntas que vira e mexe ficam martelando na minha cabeça, porem acho que a resposta está bem próximo de vir à tona, e quando eu a descobrir?
Será que a usarei?
Será que terei a capacidade de viver obedecendo a essa minha nova descoberta?
Sei lá.
Continuo pensando na vida...
P.S.: Essa estátua (foto acima) é de João Cabral de Melo Neto, autor de Morte e Vida Severina e Câo Sem Plumas, entre outros. Ela fica localizada às margens do Rio Capibaribe, no Recife e faz parte do circuito dos poetas que têm várias estátuas espalhadas por vários cantos da cidade.
Está escuro, a luz acabou, começo a lembrar de uma cena, uma imagem que vivi de um passado não muito distante.
Essa imagem me trás uma noite inesquecível...
Uma noite regada a sorrisos, olhares, toques, intenções, sentimentos, e tantas outras coisas que palavras jamais poderiam expressar.
Vou tentar descrever pra vocês a cena:
Tudo começou quando estava eu esperando ansioso...
O tempo passava e a cada minuto que mudava no relógio a ansiedade só aumentava, de repente o telefone toca... Uma mensagem não tão boa me é apresentada, o que fazer?
Resolvo mesmo assim esperar, afinal, não posso deixar passar uma oportunidade singular como essa, não é sempre que um sorriso tão lindo está ao seu lado...
Então é chegada a hora, e de longe avisto aquele sorriso, que muito rápido se abre pra mim... “ela é linda”, penso comigo mesmo...
A recebo com um singelo beijo no rosto, ela ainda não viu a flor que tenho de presente...
Entreguei a rosa (vermelha) ela ficou de boca aberta...
Andamos até que sentamos, a princípio o plano original é esquecido e um novo acaba de nascer, uma conversa se instaura.
Conversamos e conversamos bastante, acabamos vendo muitas coisas em comum, isso me alegra a e ela também, percebo pois meu feeling pessoal me diz isso.
Engraçado como as coisas sentimentais são interessantes, porque com o tempo a timidez acaba sendo esquecida e toda aquela formalidade vai mudando e se transformando em toque, em carinho...
Sinto a mão dela tocando meu braço, a cada instante vai aumentando a freqüência, eu gosto.
A cada instante os toques se intensificam, começo a tocar o braço dela também e do braço passo pra mão, penso comigo:
“Nossa, como ela é linda...”
Certo momento toco o rosto dela, numa atitude muito pessoal e despretensiosa.
Envolvi-me tanto na conversa que ela vira pra mim e diz:
“Você não está com fome? Pois eu estou...”
Dei risada, pois o tempo passou e nem tinha percebido. Levanto-me e vou comprar, escolhemos comida italiana, ótima...
Durante todo o tempo da refeição, as trocas de olhares se intensificam, a vontade que eu tenho é de largar o macarrão e beijá-la, mais não posso tenho que manter a compostura...
Penso mais uma vez:
“Nossa, como ela é linda, que sorriso lindo...”
O tempo vai passando, e ela esbanja charme, vira o rosto pra lá, vira o rosto pra cá...e eu do outro lado com o macarrão no prato, esquecido totalmente da massa de tomate...
Ela me pede para levá-la ao banheiro, levantamos e nos despedimos desse primeiro momento...
Levo-a ao banheiro, e aguardo sua volta.
Na minha mente, uma série de pensamentos acontecem, penso em como posso fazer, ou o que devo fazer, mais tudo bem, deixo acontecer pois estou muito tranqüilo.
Ela sai do banheiro, e a agarro dando-lhe um super beijo, o primeiro beijo...
Mais uma vez o sorriso dela é exuberante, e dessa vez, tem uma cara de:
Gostei!
Saímos andando...
Você pode estar pensando:
E como foi que acabou isso?
Te dou uma dica, no romance é você quem escolhe o final, pois lhe é muito particular.
Como é interessante o poder da palavra, pois ela pode unir pessoas.
Nem percebemos, e quando nos damos conta, lá estão elas, ecoando dentro de nós, como uma alta voz que brada num salão vazio, como um estrangeiro em plena vinte e cinco de março em época de natal (não me refiro aos asiáticos) perdido...
Eu te vi, não sabia que você era você, a princípio uma atração, em alguns momentos lembrei-me de um país distante...
Com uma flor na boca entre os dentes, eu te quis...
Não posso negar, a atração continua existindo, porem já posso contar com algo mais.
Estão passando as tempestades, mudaram as estações e tudo mudou (contrariando o que dizem por ai) Como é importante que o tempo passe, e com ele vá também as suas mazelas...
Como é bom voltar a crer, sabendo que o futuro é um presente no qual não se sabe a reação.
Assim como o tempo passa pra mim, ele também passa pra ti. O interessante é saber que a minha leve e momentânea tribulação, já foi pra alguém, e esse alguém passou e está vivo.
Você caro leitor, já se viu sendo julgado a condenado por alguém, quando seu sentimento dizia em alta voz dentro de você:
"Eu sou inocente!!!"
Pois é, o tempo tem passado e como isso é bom...
Aquilo que antes era ruim começa a ser encarado com naturalidade, aquilo que antes não dava, agora dá.
O relógio marca hora diferente de ontem, pois o dia que mostra no meu jamais será mostrado novamente...